Morri pra nascer.

Morri pra nascer.
Em cada pedaço do corpo
cravei os signos da paz.
Desfiz a última ceia
no íntimo ardor do pecado.
Compus com as sombras
o quadro da morte.
Deixei que tudo sobrasse
no lado de fora.
Importava era estar
em mim mesmo absolutamente
intocável. E de mais a mais
só queria o descanso
que merece um mortal
cumpridor dos deveres.

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